sexta-feira, 11 de março de 2016

A Eterna Boêmia Carioca

 Mais um dia amanhece no Rio de Janeiro e, enquanto alguns se preparam para sair de suas casas em busca de um sustento digno para suas famílias, outros se despedem das noites cariocas, esses conhecidos como boêmios trocavam a luz do dia pela luz do luar, o barulho dos carros e das fábricas pelo som do pandeiro e choro das violas. Em meio à ditadura Vargas, um boêmio era considerado “vagabundo”, pois muitos se recusavam a trabalhar em fábricas, eles preferiam viver de seus trabalhos informais; Muitos deles eram bicheiros, donos de prostíbulos e cassinos por isso, esse período foi marcado pelas “corridas dos tiras” e pelas navalhas afiadas como forma de defesa daqueles que se consideravam malandros. Cartola, Miguelzinho, Madame Satã e Noel Rosa eram alguns dos bambas que faziam da Montmartre Carioca seu lar.A noite caia na Lapa, e em volta do aqueduto começava a se formar as rodas de samba, atraindo gente de todo lugar, enaltecidos pela beleza dos bondes que desenhavam a beleza no céu sob as luzes dos lampiões. Adeus Lapa que fez história, adeus a todos cantores das noites, a pierrôs e colombinas que fizeram desta, a Eterna Boemia Carioca.

Nenhum comentário

Postar um comentário